Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Carrego nos olhos o peso do vazio
A infinidade de possibilidades não me permite mover-me
Se espantas com essa condição?
Queres correr e nunca mais voltar?
Tens medo da dor e da culpa?
Pois que vás, e não voltes
Pouco me importa tua dor
E sabes que tampouco se importas com a minha
Dizes que tens carinho, ou será pena?
Não sou miserável, não quero compaixão
Dizes que beiro a loucura?
Nunca estive tão lúcido!
Sim, aquilo vistes em meus olhos é a alma dos homens
Se me dizes que não vistes nada
É por que de fato estas certa
Os homens não tem alma!
Quanto ao amor, é certo que ainda te amo
e não creio que deixarei de fazê-lo algum dia
Mas devo eu ter qualquer ambição quanto a isso?
Não é necessário tê-la tal como um objeto
Deveras alegraria-me tê-la, e sim, quando chegas muito perto...
a ponto de encostar-me, sim, tenho impulsos quase incontroláveis...
nada que a distância não resolva.
Não me digas o que fazer
Não me digas que preciso de ajuda
um homem não precisa de ajuda
Se estou me destruindo, é porque é o que devo fazer
E se um dia, nesses lapsos, eu não voltar
saiba que finalmente estarei livre!
Caio Gomes Mar 19
Uma sensação de leveza,
de extensão breve e duradoura.

Um arrepio percorre a nuca,
permeia o corpo,
e transborda em um arrepio.

Por uma melodia ou poesia
que ataca e rebate,
tocando a alma,
comovente
emoção elevadora.

Sensação infinita na infinidade.

Oh, se ao menos sempre tivesse sido,
para permanecer aqui, sempre.

Deleite e bem-aventurança, alegria e prazer,
emoção no olhar lacrimoso do coração,
alegria no sorriso da mente.

Se ao menos pudesse permanecer, sempre...
Prazer.
Escrevi este poema inspirado pela sensação de ouvir uma determinada música.

— The End —