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Jun 19
Sou como um samurai
rasgando o ventre em silêncio,
toda vez que a memória
me devolve o que vivi —
o que amei,
o que perdi.

Meu pensamento
tem a cor do céu
após a tempestade.
Carregado, pesado de tudo
o que não quer me deixar.

Então me abro —
inteiro, sem defesa —
deixo a luz me atravessar.

E com a abóbada
do peito escancarada,
fujo de mim
para enfim me encontrar.
Written by
iannogueira
53
 
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